Haddad provoca: Brasil é punido por ser mais democrático que seus críticos, diz ministro
Haddad: Brasil punido por ser mais democrático

Não é todo dia que um ministro da Fazenda solta uma declaração que faz a plateia engasgar no café. Mas Fernando Haddad, sempre com seu jeito professoral e uma pitada de provocação, jogou a bomba: "O Brasil está sendo punido por ser mais democrático que aqueles que nos criticam". E não, isso não foi tirado de um roteiro de reality show político.

Em um evento que misturava economistas, diplomatas e uns jornalistas meio desconfiados, Haddad soltou o verbo sobre as sanções internacionais que o país enfrenta. Segundo ele, tem um cheiro de hipocrisia no ar — e não é do cafezinho requentado.

Democracia que incomoda

O ministro, com aquela calma de quem já debateu em sala de aula cheia de aluno encrenqueiro, foi direto ao ponto: "Quando você prioriza redução de desigualdade, controle de inflação pelos mais pobres e crescimento com distribuição de renda, alguns setores ficam... digamos, desconfortáveis". A plateia riu, mas tinha um fundo de verdade ali.

E os números? Bem, Haddad citou dados que mostram o Brasil avançando em indicadores sociais enquanto potências tradicionais patinam. "Tem país aí que trata democracia como enfeite de prateleira, mas quer dar lição", disparou, sem citar nomes — mas todo mundo entendeu o recado.

O outro lado da moeda

Claro que tem quem discorde. Especialistas ouvidos (mas não identificados, porque política hoje em dia é campo minado) lembram que:

  • Sanções raramente são sobre democracia
  • O Brasil tem seus problemas institucionais
  • A economia global é um jogo complexo

Mas Haddad parece disposto a virar o jogo. "Estamos mostrando que outro modelo é possível", insistiu, antes de fazer aquela pausa dramática que só político experiente sabe fazer. "Mas claro, quando você mexe nos interesses estabelecidos..." — e aqui ele fez aquela cara de ‘você sabe o que vem depois’.

No fim, o ministro deixou uma mensagem que ecoou pelo recinto: "Democracia não é só votar. É garantir que o crescimento econômico não seja privilégio de poucos". Palmas? Algumas. Murmúrios? Vários. E você, o que acha?