Gilson Machado, aliado de Bolsonaro, avalia deixar o PL nas próximas eleições — saiba os motivos
Gilson Machado avalia sair do PL nas eleições

O cenário político brasileiro pode ganhar mais um capítulo de realinhamentos. Gilson Machado, ex-ministro do Turismo e um dos nomes mais próximos de Jair Bolsonaro, está seriamente considerando abandonar o PL (Partido Liberal) antes das próximas eleições. E não, isso não é só mais um boato de bastidor.

Segundo fontes próximas ao político — que preferiram não se identificar —, a decisão ainda não está 100% fechada, mas as razões para a possível saída já começam a ficar claras. Machado, que tem um histórico de lealdade quase fanática ao ex-presidente, estaria insatisfeito com a "dinâmica interna" do partido. Ou seja: brigas por espaço, falta de apoio em projetos e, claro, aquela velha disputa por recursos.

O que está em jogo?

Para quem acompanha o jogo político, a movimentação não chega a ser uma surpresa. O PL, hoje o maior partido de direita no Congresso, virou uma espécie de "balcão de negócios" desde que Bolsonaro se filiou. E quando o espaço fica apertado, alguns preferem procurar outras tribunas.

Gilson Machado, por exemplo, já foi cotado para concorrer a governador em Santa Catarina em 2022, mas acabou ficando de fora da disputa. Desde então, sua relação com a cúpula do partido esfriou — e muito. "Ele se sente subutilizado", comentou um deputado que frequenta o mesmo círculo.

E Bolsonaro?

Aqui entra o detalhe mais picante. Apesar de ser um dos "soldados" mais fiéis do ex-presidente, Machado não teria recebido o apoio esperado para suas ambições políticas. Bolsonaro, que costuma centralizar as decisões, parece estar priorizando outros nomes. E no mundo da política, quando o padrinho não olha pra você, é hora de repensar a estratégia.

Não é a primeira vez que aliados bolsonaristas trocam de partido como quem troca de camisa. O próprio PL já viu figuras como Daniel Silveira (hoje no Republicanos) baterem a porta. A diferença? Machado tem um capital político considerável — especialmente no Sul do país — e sua saída poderia abrir uma crise no partido.

Enquanto isso, o ex-ministro mantém o silêncio estratégico. Procurado pela reportagem, seu assessor limitou-se a dizer que "todas as opções estão na mesa". Frase típica de quem já decidiu, mas ainda não quer estragar a surpresa.