Ex-funcionário da ABIN revela ao STF: Ramagem tinha sala no Planalto
Ex-funcionário da ABIN revela: Ramagem tinha sala no Planalto

Um servidor da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (27) e revelou que Alexandre Ramagem, ex-diretor da agência, tinha uma sala reservada no Palácio do Planalto durante sua gestão.

Segundo o depoente, a existência desse espaço físico no centro do poder federal levanta novas questões sobre a relação entre a ABIN e o governo anterior. As declarações fazem parte das investigações sobre o suposto uso político da agência.

Detalhes do depoimento

O funcionário, cuja identidade foi preservada, descreveu a sala como um local de acesso restrito, utilizado para reuniões sigilosas. O espaço estaria localizado em uma área administrativa do palácio, longe dos gabinetes oficiais.

Essa revelação ganha importância porque Ramagem é investigado por supostamente ter usado a ABIN para monitorar adversários políticos durante o governo Bolsonaro. A existência de um espaço físico no Planalto poderia indicar uma proximidade incomum entre a inteligência nacional e o poder executivo.

Repercussão política

O caso já causa forte repercussão em Brasília, com parlamentares da oposição exigindo esclarecimentos. Alguns chegaram a classificar a situação como "um grave desvio de finalidade" dos órgãos de inteligência.

Especialistas em direito constitucional alertam que, se comprovado o uso político da ABIN, o caso pode configurar crime de responsabilidade. A investigação segue em andamento no STF sob sigilo judicial.