
Numa declaração que deixou muitos analistas coçando a cabeça, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, soltou o verbo: o governo Trump não está nem aí para pressa quando o assunto é fechar acordos comerciais. E olha que não é por falta de oportunidade.
"Qualidade antes de velocidade" — parece ser o lema não oficial da administração atual. Enquanto o mundo esperava movimentos agressivos nas relações comerciais, o que vemos é um jogo de xadrez sendo jogado com paciência de mestre.
O método Trump nas negociações
Diferente do estilo "bateu-assinou" de governos anteriores, a equipe econômica atual prefere examinar cada vírgula antes de colocar a caneta no papel. Mnuchin foi claro: "Quando se trata de comércio exterior, não somos fãs de soluções meia-boca".
E os números? Bem, eles contam uma história interessante:
- Acordos bilaterais em análise: 12
- Conversas avançadas: 4
- Pressa para concluir: zero
Não é que estejam enrolando — é estratégia pura. Como dizem por aí: "devagar se vai ao longe", especialmente quando o jogo envolve bilhões de dólares e relações geopolíticas delicadas.
O que isso significa para o Brasil?
Para nós, que acompanhamos de perto as relações comerciais com os EUA, a notícia traz um misto de alívio e ansiedade. Alívio porque significa que acordos mal elaborados não serão empurrados goela abaixo. Ansiedade porque... bem, quem não quer resolver essas coisas logo?
Um diplomata brasileiro, que preferiu não ter seu nome divulgado, brincou: "Pelo menos assim temos tempo de preparar um cafezinho melhor para as próximas reuniões".
Enquanto isso, o mercado observa. E espera. E especula. Porque no mundo dos negócios internacionais, às vezes não fazer nada é a jogada mais ousada de todas.