
O clima entre a Casa Branca e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está mais gelado que um inverno em Chicago. E não é por pouco. Os recentes ataques em Gaza e na Síria — ordenados pelo líder israelense — deixaram os norte-americanos com os nervos à flor da pele.
Não é de hoje que os EUA fazem cara feia para as ações de Netanyahu, mas desta vez o descontentamento transbordou. Fontes próximas ao governo Biden descrevem um misto de frustração e incredulidade. "É como se ele ignorasse deliberadamente nossos apelos por moderação", comentou um alto funcionário sob condição de anonimato.
O estopim da crise
Na terça-feira passada, enquanto o mundo discutia os Oscars, Israel lançou uma série de ataques que deixaram dezenas de mortos. Dois alvos principais: Gaza, onde a situação humanitária já é catastrófica, e a Síria, um barril de pólvora geopolítico. A justificativa? "Defesa preventiva", segundo o gabinete de Netanyahu.
Mas Washington não engoliu a explicação. "Quando seu aliado age como um touro numa loja de cristais, você tem duas opções: segurar a coleira ou sair do caminho", ironizou um analista político, em referência ao desconforto americano.
As consequências
- Ataques prejudicam negociações frágeis sobre reféns
- EUA consideram "recalibrar" apoio militar
- Crise pode afetar eleições nos dois países
Curiosamente, enquanto Netanyahu enfrenta críticas internacionais, sua popularidade doméstica parece intacta — o que só complica a situação. "Ele joga xadrez geopolítico enquanto Biden tenta evitar um dominó de crises", observou uma fonte diplomática.
O que vem por aí? Difícil prever. Mas uma coisa é certa: essa novela ainda tem muitos capítulos pela frente. E, pelo visto, nenhum dos lados está disposto a ceder o controle remoto.