
Um ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) revelou que o então ministro da Justiça, Anderson Torres, solicitou apoio logístico durante o período eleitoral. No entanto, o ex-diretor negou veementemente que houvesse qualquer tipo de direcionamento político nas ações da PRF.
Segundo o ex-diretor, o pedido foi feito de forma formal e dentro dos trâmites legais, sem qualquer indicação de favorecimento a partidos ou candidatos. "Foi um pedido de apoio operacional, como tantos outros que recebemos em períodos de grande movimentação", afirmou.
Contexto das eleições
O período eleitoral no Brasil é marcado por um aumento significativo na demanda por segurança e logística, especialmente em estradas e regiões remotas. A PRF, como órgão responsável pelo patrulhamento das rodovias federais, frequentemente é acionada para auxiliar em operações de segurança durante as eleições.
O ex-diretor ressaltou que todas as ações da PRF foram conduzidas com base em critérios técnicos e operacionais, sem interferência política. "Nossa atuação sempre foi pautada pela legalidade e impessoalidade", disse.
Repercussão política
A revelação ocorre em um momento de intenso debate sobre a atuação de órgãos públicos durante processos eleitorais. Alguns setores questionam se houve uso indevido de estruturas estatais, mas o ex-diretor da PRF garante que não houve qualquer irregularidade.
"É importante distinguir entre apoio logístico legítimo e direcionamento político. O que ocorreu foi estritamente o primeiro caso", finalizou o ex-diretor.