Eduardo Cunha ataca Tarcísio em debate acalorado sobre tarifaço e subserviência
Cunha ataca Tarcísio por tarifaço e "subserviência"

O clima político esquentou nesta semana com um ataque direto do ex-deputado Eduardo Cunha ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. E não foi qualquer crítica – foi um verdadeiro soco na mesa sobre dois temas que estão tirando o sono dos paulistas: o aumento absurdo das tarifas e o que Cunha chamou de "subserviência vergonhosa" ao governo Lula.

"Isso não é governar, é entreguismo", disparou Cunha em entrevista que viralizou. Ele se referia ao recente aumento de 4,85% nas tarifas de transporte público em SP, que pegou todo mundo de surpresa. Mas o buraco é mais embaixo.

O X da questão

Segundo Cunha – que conhece como poucos os bastidores do poder – Tarcísio estaria agindo como "marionete" do Planalto. "Quando você vê um governador que se elegeu prometendo autonomia e agora fica de quatro para Brasília, tem algo errado", provocou.

E os números dão razão à polêmica:

  • Tarifa do metrô subiu 27% em menos de 2 anos
  • Ônibus urbanos 23% mais caros no mesmo período
  • Enquanto isso, repasses federais caíram 18%

Não é de hoje que o ex-presidente da Câmara solta farpas contra Tarcísio. Mas desta vez o tom foi diferente – mais pessoal, quase um acerto de contas. "Ele acha que é esperto, mas está queimando sua base com essas decisões", disparou Cunha, em referência ao eleitorado bolsonarista que elegeu o governador.

E o povo no meio do fogo cruzado

Enquanto os políticos se digladiam, o cidadão comum é quem paga a conta – literalmente. Maria de Fátima, diarista de 54 anos, resume a situação: "Antes eu fazia dois trechos por dia. Agora tenho que escolher: ou vou trabalhar ou volto pra casa".

Especialistas ouvidos pelo nosso time destacam que o problema vai além da briga política:

  1. Crise nos combustíveis impacta todo o sistema
  2. Falta de investimento em frota nova
  3. Modelo de concessões questionável

O governo estadual, por sua vez, rebate as críticas afirmando que o reajuste foi "técnico e inevitável". Mas será mesmo? Um relatório interno vazado mostra que pelo menos 3 alternativas foram descartadas antes do aumento.

Uma coisa é certa: o timing não poderia ser pior. Com a inflação corroendo o poder de compra, cada centavo a mais no transporte dói no bolso do trabalhador. E no caso de São Paulo – a locomotiva do país – quando a capital espirra, o Brasil inteiro pode pegar pneumonia econômica.

O que você acha? Tarcísio está sendo vítima das circunstâncias ou realmente errou na dose? A discussão está aberta, mas uma coisa é certa: o tema não vai esfriar tão cedo.