Câmara em recesso branco: por que as sessões parlamentares estão paradas?
Câmara em recesso branco: entenda a pausa nas sessões

Nada de votações, debates ou comissões. Quem passa pelo Congresso Nacional nesta semana encontra os corredores mais vazios que o normal — e não é só por causa do frio que chegou ao Planalto Central.

Estamos no meio do chamado "recesso branco", aquele período em que tecnicamente os parlamentares deveriam estar trabalhando, mas que na prática funciona como uma espécie de férias disfarçadas. Não que eles admitam isso, claro.

O calendário que ninguém explica

Todo mundo sabe que julho é mês de férias escolares. O que pouca gente lembra é que o calendário político também tem suas escapadas. Entre o recesso de meio de ano (oficial) e o recesso branco (não tão oficial assim), os deputados acabam com mais tempo longe do plenário do que a gente imagina.

Neste ano, a coisa ficou ainda mais confusa porque o tal recesso branco veio antes do recesso tradicional. Parece que alguém na mesa diretora misturou a ordem das coisas — ou será que foi de propósito?

E os compromissos?

Teoricamente, os deputados deveriam estar:

  • Participando de comissões
  • Analisando projetos
  • Preparando votações

Na prática? Muitos já pegaram estrada rumo a seus estados. Outros aproveitam para resolver pendências pessoais. Uns poucos — muito poucos mesmo — continuam trabalhando nos bastidores.

"Ah, mas e as emergências?" — você pode perguntar. Bom, para casos realmente urgentes, existe a possibilidade de convocar sessões extraordinárias. Mas convenhamos: quando foi a última vez que você viu isso acontecer?

Quando volta tudo ao normal?

Se você está se perguntando quando essa moleza acaba, anota aí: as atividades devem retornar com força total só em agosto. Até lá, o que temos é um Congresso em modo econômico — funcionando no mínimo possível.

Enquanto isso, os projetos importantes continuam parados. As discussões urgentes esperam. E o povo... bem, o povo segue acompanhando de longe, meio sem entender essas manobras do calendário político.

Não é à toa que muita gente torce o nariz para esses recessos não-oficiais. Afinal, quem mais pode simplesmente decidir tirar uma pausa no meio do caminho sem aviso prévio?