
Nesta segunda-feira, o Brasil finalmente colocou um ponto final no suspense que vinha tirando o sono de muitos no Itamaraty. O governo entregou ao ex-presidente americano Donald Trump a tão aguardada resposta sobre a investigação comercial que os Estados Unidos vinham conduzindo contra o país.
E não foi um simples "toma lá dá cá". O documento, preparado a muitas mãos por técnicos do Ministério da Economia e diplomatas de carreira, parece ter surpreendido até os mais céticos. "Foi uma resposta robusta, mas sem confronto desnecessário", comentou um insider que preferiu não se identificar.
O que está por trás dessa troca de farpas comerciais?
Desde que a administração Trump resolveu cutucar o vespeiro das relações comerciais com o Brasil, em abril passado, o clima ficou tenso. Os americanos alegavam — com aquela cara de paisagem — que algumas práticas brasileiras estariam distorcendo o comércio internacional. Ora, quem nunca?
- Subsídios à indústria nacional
- Barreiras não-tarifárias
- Regras de conteúdo local
Mas o Brasil, claro, não ficou de braços cruzados. A resposta entregue hoje não nega os fatos — até porque alguns são inegáveis — mas apresenta justificativas que, convenhamos, fazem certo sentido.
E agora, José?
O próximo passo está nas mãos do Departamento de Comércio dos EUA. Eles têm 60 dias para analisar nossa defesa e decidir se aceitam as explicações ou se partem para retaliações. Alguém aí lembra dos casos do aço e do alumínio?
"Dessa vez pode ser diferente", arrisca um analista do setor privado. "O Brasil jogou com inteligência, mostrando dados concretos e evitando o tom de confronto que Trump adora."
Enquanto isso, nos corredores do Palácio do Planalto, o clima é de cautela otimista. Afinal, como dizia meu avô: "com americano e com cobra, é melhor não brincar".