Prefeitura de SP fatura impressionantes R$ 1,6 bilhão em megaleilão da Faria Lima — e a cidade nunca mais será a mesma
Megaleilão da Faria Lima injeta R$ 1,6 bi em São Paulo

Não é todo dia que se vê um bilhão e seiscentos milhões de reais entrando nos cofres municipais de uma só vez. Mas essa terça-feira, 19 de agosto de 2025, não foi um dia qualquer. A Prefeitura de São Paulo realizou o que pode ser considerado o leilão do ano — quiçá do quadriênio — e o resultado foi simplesmente estrondoso.

O parque de inovações urbanas da Operação Urbana Faria Lima, aquela que já transformou radicalmente a Zona Oeste da capital, acabou de receber um turbo financeiro. E que turbo! Os famosos CEPACs, títulos que permitem às construtoras construírem além do limite legal, foram disputados com uma avidez que surpreendeu até os mais otimistas.

Os números que falam por si

Vamos aos detalhes que impressionam: foram comercializados 119.485 títulos. Sim, você leu certo — cento e dezenove mil quatrocentos e oitenta e cinco. O lance mínimo era de R$ 13,4 mil por título, mas o mercado imobiliário, ávido por espaço vertical, acabou pagando em média R$ 13.725 por cada um. A matemática é inevitável: R$ 1,64 bilhão de caixa novo para a cidade.

E olha que interessante: dos 15 lotes disponíveis, 14 encontraram compradores. Só um, localizado na região da Vila Leopoldina, ficou para trás. Quem diria, né? Até nesses megaleilões há sempre aquele cantinho que não empolga tanto.

O que São Paulo ganha com isso?

Agora vem a parte que realmente interessa ao paulistano comum — aquele que pega congestionamento todo dia e sofre com a falta de infraestrutura. Esse dinheiro todo tem destino certo, e não vai para fundos escusos ou projetos nebulosos.

  • Mobilidade urbana: Metrô, trens, corredores de ônibus e aquelas ciclovias que tanto dividem opiniões
  • Equipamentos públicos: Escolas, postos de saúde, centros culturais — aquele básico que todo bairro merece
  • Parques e áreas verdes: Porque São Paulo precisa respirar, literalmente
  • Habitação de interesse social: Moradia digna não é privilégio, é direito

É uma mudança de patamar, gente. A Faria Lima já era um caso de sucesso em transformação urbana, mas agora acelera para um outro nível. E o melhor: servindo de modelo para outras operações pelo Brasil.

O contexto que poucos veem

Quem acompanha o mercado imobiliário paulistano já sabia: a região da Faria Lima e arredores é praticamente um ímã de investimentos. Só no ano passado, outros leilões já haviam injetado R$ 1,2 bilhão nos cofres municipais. Desta vez, superaram todas as expectativas.

E tem um detalhe técnico importante: esses títulos (os tais CEPACs) são negociados na Bolsa de Valores B3. Não é algo amador — é mercado financeiro de alto nível ditando o ritmo do desenvolvimento urbano. Curioso, não?

O que me faz pensar: será que esse modelo é realmente sustentável a longo prazo? Só o tempo — e as próximas administrações — dirão.

Enquanto isso, São Paulo segue seu curso de metropolis hiperativa, sempre se reinventando, sempre surpreendendo. E com R$ 1,6 bilhão a mais para melhorar a vida de quem vive nela, fica difícil não ter um pingo de esperança.