Eis que a cena política brasileira ganha mais um capítulo digno de roteiro de suspense. Jair Bolsonaro, o ex-presidente que não sai das manchetes nem aposentado, resolveu dar um passo que deixou muita gente de sobrancelha em pé: pediu seu passaporte de volta.
Não, não é para férias em Miami — embora quem conheça o histórico do político possa até desconfiar. Dessa vez, o plano parece mais ambicioso: negociar questões de taxação nos Estados Unidos. Sim, você leu certo. O mesmo homem que comandou o país por quatro anos agora mira o mercado internacional.
O que está por trás do pedido?
Fontes próximas ao ex-mandatário afirmam que a viagem teria objetivos comerciais. Bolsonaro estaria articulando encontros com empresários e possivelmente autoridades para discutir — pasmem — impostos. A ironia não passa despercebida: o mesmo político que fez da simplificação tributária bandeira no Brasil agora se mete como intermediário no labirinto fiscal americano.
Detalhe curioso: o passaporte comum dele havia sido retido pela Justiça Eleitoral após as eleições. Agora, com a devolução do documento, abre-se um leque de possibilidades — e especulações.
Os bastidores da jogada
Entre um café requentado e outro nos gabinetes de Brasília, correm versões contraditórias. Uns dizem que seria apenas para visitar familiares. Outros apostam em negócios imobiliários — afinal, o clã Bolsonaro já demonstrou gosto por investimentos no exterior. Mas há quem veja ambição maior: criar pontes comerciais entre empresários brasileiros e o mercado norte-americano.
Seja como for, o timing é no mínimo curioso. Enquanto o governo atual enfrenta desafios nas relações com Washington, o ex-presidente prepara suas próprias tratativas. Coincidência? Difícil acreditar.
O certo é que, com Bolsonaro, o inesperado vira rotina. Resta saber se essa jogada renderá frutos ou será mais um episódio na longa novela política brasileira.
