
O que esperar da direita brasileira em 2026? A pergunta que não quer calar ganha novos contornos com um levantamento inédito da Quaest. O ex-presidente Jair Bolsonaro segue sendo a estrela mais brilhante do firmamento conservador — mas não a única.
Os números revelam um jogo de xadrez complexo: 35% dos eleitores de direita ainda veem Bolsonaro como primeira opção. Mas há vida além do capitão. Nomes como Tarcísio de Freitas e Marcos Pontes começam a ganhar tração, cada um com seus 12% e 8% de preferência respectivamente.
O fator nostalgia vs. renovação
Curioso como a política brasileira vive esse dilema. De um lado, a força do conhecido — Bolsonaro mantém uma base fiel que parece inabalável. Do outro, sopram ventos de renovação que podem mudar tudo.
"É como se a direita estivesse entre o conforto do passado e a promessa do futuro", analisa um cientista político que prefere não se identificar. E completa: "O eleitor conservador está em ebulição — quer mudança, mas tem medo de perder identidade".
Os números que surpreendem
- 35% dos entrevistados ainda preferem Bolsonaro como candidato
- Tarcísio de Freitas aparece como principal alternativa (12%)
- Marcos Pontes conquista 8% das intenções
- 18% declararam não saber ou não responder
O detalhe mais intrigante? Entre os jovens de direita, a busca por novas caras é quase desesperada. "Cansei de polarização", confessou um universitário de 22 anos durante a pesquisa. Será o fim da era Bolsonaro ou apenas um hiato?
O eleitorado está dividido — e isso é ótimo
Sim, você leu certo. A divisão pode ser a melhor notícia para a democracia. Quando há competição interna, os candidatos precisam se superar. E o eleitor — ah, o eleitor! — ganha poder de barganha.
O levantamento foi feito entre 2.000 pessoas em todas as regiões do país, com margem de erro de 2 pontos percentuais. Os números mostram um eleitorado que, aos poucos, começa a olhar para além do óbvio.
Resta saber: a direita brasileira conseguirá renovar seu estoque de lideranças sem perder sua alma? A resposta — como tudo na política — está nas mãos do tempo.