
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, está liderando um movimento histórico para garantir que as vozes dos povos originários tenham papel central na COP30, conferência climática da ONU que será realizada em Belém, no Pará, em 2025.
Participação indígena na organização do evento
Em recente debate, a ministra destacou que a presença indígena não deve se limitar apenas à participação como observadores, mas sim à tomada de decisões desde o planejamento até a execução do evento. "Não podemos repetir o modelo de conferências passadas, onde os povos tradicionais eram meros coadjuvantes", afirmou Guajajara.
Conhecimentos ancestrais no combate às mudanças climáticas
Os saberes milenares dos povos indígenas sobre conservação da biodiversidade e manejo sustentável dos recursos naturais representam uma contribuição fundamental para as discussões climáticas. A ministra enfatizou que "o mundo precisa ouvir quem há séculos protege as florestas e mantém o equilíbrio ambiental".
Desafios e oportunidades
Entre os principais pontos debatidos estão:
- Inclusão de lideranças indígenas nas mesas de negociação
- Valorização dos conhecimentos tradicionais nas políticas climáticas
- Garantia de acesso igualitário aos espaços de discussão
- Protagonismo das comunidades locais nas soluções para a crise ambiental
A escolha de Belém como sede da COP30 representa uma oportunidade única para colocar a Amazônia e seus guardiões tradicionais no centro do debate global sobre o futuro do planeta.