
Eis que surge mais um capítulo na novela da BR-319 - aquela rodovia que corta o coração da Amazônia e vive no centro de uma polêmica que não acaba mais. Dessa vez, o plot twist vem de um projeto de lei que está rolando no Congresso, com um detalhe que tá dando o que falar.
Parece que alguém resolveu colocar, lá no meio do texto, uma brecha que permitiria reconstruir a estrada sem precisar passar pelo licenciamento ambiental. Sim, você leu certo: sem licença. E olha que não estamos falando de reformar uma casinha na praia, mas de uma obra gigante no meio da floresta.
O que exatamente tá rolando?
O tal projeto (PL 2.159/2021, pra quem gosta de números) quer "agilizar" obras em áreas protegidas. Só que, de repente, apareceu um artigo escondido no meio que diz o seguinte: "fica dispensado o licenciamento ambiental para reconstrução de rodovias pavimentadas". Convenientemente, a BR-319 é exatamente isso.
Os ambientalistas tão pirando - e com razão. "É um absurdo sem tamanho", dispara um deles, que prefere não se identificar porque "já tá de saco cheio de processo". A rodovia corta áreas sensíveis, onde vive até onça pintada, e a falta de fiscalização pode virar um convite pro desmatamento.
E o governo com isso?
Pois é... Enquanto o Ministério do Meio Ambiente fica mudo feito peixe, os ruralistas comemoram nos bastidores. "Finalmente vão tirar esse entrave", diz um deputado que pediu pra não ser nomeado - mas todo mundo sabe quem é.
O pior? Essa não é a primeira vez que tentam passar a boiada. Em 2022, rolou algo parecido, mas a pressão fez voltar atrás. Agora, parece que aprenderam a lição: esconder a jogada no meio de um monte de artigo chato.
Será que vai colar? A votação tá marcada pra semana que vem, e a galera do clima já tá organizando protesto. Fica de olho, porque essa história promete - infelizmente - muitos capítulos pela frente.