Juiz do RS é demitido após investigação por importunação sexual: caso choca a Justiça gaúcha
Juiz do RS demitido por importunação sexual

O cenário jurídico do Rio Grande do Sul foi sacudido nesta terça-feira (16) por uma decisão que ecoou pelos corredores dos fóruns: um juiz, cuja identidade foi preservada em respeito ao processo interno, teve seu cargo cassado após uma investigação minuciosa sobre alegações de importunação sexual.

Não foi um "caso qualquer" — fontes próximas ao Tribunal de Justiça descrevem o episódio como "grave" e "indefensável". O magistrado, que atuava na comarca de [Cidade], teria ultrapassado repetidamente os limites profissionais com funcionárias e até com partes envolvidas em processos sob sua responsabilidade.

O desenrolar do caso

Tudo começou com denúncias anônimas — aquelas que normalmente ficam engavetadas, mas que, desta vez, ganharam força. A Corregedoria abriu um inquérito sigiloso e, pasmem, as provas se acumularam como neve no inverno gaúcho.

  • Relatos detalhados de abordagens inapropriadas
  • Mensagens com conteúdo sexual explícito
  • Testemunhas que confirmaram padrão de comportamento

"Quando vimos a dimensão, ficou claro que não era um deslize, mas uma conduta sistemática", comentou um desembargador que preferiu não se identificar. A decisão de demissão veio em tempo recorde — coisa rara na máquina judiciária.

Repercussão e reflexão

O caso reacendeu o debate sobre o machismo estrutural no Poder Judiciário. "Isso mostra que o problema não está só nos botecos ou nas ruas", disparou a advogada Fernanda Martins, especialista em direito de gênero. "Quando quem deveria zelar pela lei transgride, a ferida social fica exposta."

Curiosamente (ou não), colegas do juiz demitido se mostraram "surpresos" com as acusações. "Ele sempre foi formal no trabalho", disse um deles, pedindo anonimato. Já as vítimas, segundo apurou nossa reportagem, respiram aliviadas com o desfecho.

Agora, resta saber se o Ministério Público moverá ação penal — porque, convenhamos, demissão é uma coisa, responder criminalmente é outra bem diferente. Fiquemos de olho.