Bolsonaro chama tornozeleira eletrônica de 'suprema humilhação' e dispara críticas à Justiça
Bolsonaro chama tornozeleira eletrônica de "humilhação"

Numa explosão de indignação que parece saída diretamente de um roteiro de reality show político, Jair Bolsonaro — aquele mesmo que nunca foi de ficar calado — soltou o verbo sobre um assunto que, pra ele, é mais doloroso que pisar em Lego descalço: a bendita tornozeleira eletrônica.

"Isso aí é a suprema humilhação", disparou o ex-presidente, com aquele jeitão de quem acabou de morder um limão azedo. Segundo ele, o dispositivo eletrônico — que, diga-se de passagem, virou quase um acessório fashion pra certas figuras públicas — seria "um atentado à dignidade humana".

O tom subiu mais que inflação

Numa mistura de revolta e dramaticidade que faria qualquer novela das nove parecer monótona, Bolsonaro não economizou nas metáforas: "Colocam isso no cidadão como se fosse um animal marcado pra abate". A comparação, no mínimo criativa, deixou até os jornalistas mais experientes coçando a cabeça.

E não parou por aí. O ex-mandatário — que, convenhamos, nunca foi do tipo "falo pouco e falo bonito" — aproveitou pra descarregar sua artilharia verbal contra o sistema judiciário. Segundo ele, alguns magistrados estariam mais preocupados em "fazer teatro midiático" do que em aplicar a lei com equilíbrio.

E aí, será exagero ou tem fundo de verdade?

Enquanto isso, nas redes sociais, o debate esquenta mais que churrasco de domingo. De um lado, os apoiadores do ex-presidente, defendendo que a medida seria mesmo desproporcional. Do outro, críticos lembrando que — pasmem! — medidas judiciais costumam vir depois de, bem, processos judiciais.

O curioso é que, no meio dessa balbúrdia toda, ninguém lembra que a tal tornozeleira não é exatamente novidade no cenário político. Nos últimos anos, virou quase tradição ver figuras públicas desfilando com seu novo "acessório" eletrônico — alguns com mais estilo que outros, diga-se.

E você, o que acha? Exagero na dose ou medida necessária? Uma coisa é certa: enquanto a discussão rola solta, o assunto promete render ainda muita tinta — ou, nos dias de hoje, muitos bytes.