
Imagine a cena: um advogado, achando que tinha descoberto a fórmula mágica para ganhar causas, resolve apostar todas as fichas na inteligência artificial. Só que esqueceu de ler o manual — ou melhor, o Código de Ética. O resultado? Um belo tapinha nas costas da Justiça de Rondônia.
O caso, que tá dando o que falar nos fóruns de Porto Velho, envolve um profissional que decidiu inovar (ou tentar dar um golpe, depende do ponto de vista). Na pressa — ou na preguiça? —, usou um chatbot jurídico para preparar uma petição cheia de dados... digamos, criativos. Acontece que a fantasia foi longe demais.
O tiro saiu pela culatra
Quando a petição chegou nas mãos do juiz, algo não cheirava bem. Os argumentos até pareciam convincentes — se não fossem baseados em jurisprudências que nunca existiram e artigos de lei com números inventados. "Parecia aqueles trabalhos de escola em que o aluno copia da internet sem ler", comentou um servidor do fórum, sob condição de anonimato.
O desfecho foi digno de roteiro de filme:
- Primeiro, o juiz percebeu as inconsistências
- Depois, veio a exigência de comprovação das fontes
- Por fim, quando ficou claro que era tudo invenção, o recurso foi negado com um belo de um sermão ético
E olha que o advogado ainda tentou recorrer! Mas aí já era tarde — a Corte manteve a decisão original e ainda deixou aquele gostinho de "aprendeu a lição?".
O debate que veio pra ficar
Esse caso acendeu um debate importante nos corredores do Tribunal. Até onde pode ir o uso de IA no Direito? "Ferramentas tecnológicas são bem-vindas, mas não substituem o conhecimento jurídico sólido", disparou um desembargador que preferiu não se identificar.
Os especialistas concordam num ponto: IA é como um martelo — pode construir ou destruir, depende de quem segura o cabo. No caso do advogado de RO, parece que o martelo caiu no próprio pé.
E você, o que acha? Será que estamos vendo o futuro do Direito ou apenas mais um caso de "quem não deve, não teme" tecnológico? Uma coisa é certa: em Rondônia, pelo menos, a Justiça ainda tem olhos humanos — e bem atentos.