Manaus em Alerta: Apoiadores de Bolsonaro Ocupam Ruas e Exigem Anistia para Condenados por Atos Golpistas
Protesto bolsonarista em Manaus pede anistia a condenados

Não foi uma manifestação qualquer. Longe disso. O coração de Manaus parou — literalmente — na tarde desta sexta-feira, quando centenas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro tomaram as principais vias da cidade. O clima? Tenso, mas… organizado. Será que esperávamos menos?

O ponto central do protesto, imagino eu, não surpreende ninguém que acompanha o cenário político nacional: a tal da anistia. Eles querem — e exigem com faixas e gritos — a liberdade para aqueles condenados pelos episódios de 8 de janeiro de 2023, data que entrou para a história como um dos capítulos mais sombrios da democracia brasileira.

O Bloqueio que Parou o Trânsito — e Chamou a Atenção

Por volta das 16h, a Avenida das Torres, uma das mais movimentadas da capital amazonense, simplesmente travou. Carros, ônibus, motos… tudo parado. Quem estava apressado para chegar em casa? Azar. A causa, afinal, era «maior» — ao menos é o que diziam os organizadores, visivelmente satisfeitos com o caos que geraram.

«É um protesto pacífico», garantiu um homem de camisa amarela, enquanto segurava um celular e transmitia tudo ao vivo nas redes sociais. Pacífico, talvez. Inconveniente? Com certeza. Mas eficaz — afinal, você está lendo sobre isso agora, não está?

Os Detalhes que Poucos Viram

Além das bandeiras do Brasil — muitas delas — e dos cantos de «mito», algo me chamou a atenção: a diversidade etária. Tinha desde senhores de idade, claramente saudosos de algum Brasil passado, até jovens com estampas patrióticas e olhares cheios de convicção. Gerações unidas por uma mesma narrativa.

E as palavras de ordem? «Libertem os patriotas!» e «Anistia já!» ecoaram durante horas. Nenhum incidente grave foi registrado, de acordo com a Polícia Militar — que, diga-se, acompanhou tudo de perto, sem intervir.

O Que Isso Significa no Tabuleiro Político?

Boa pergunta. Manifestações como essa não são isoladas. Elas refletem um sentimento — ou uma ferida — que ainda não fechou. De um lado, quem acredita que os condenados são vítimas de perseguição política. Do outro, quem enxerga os atos de 8 de janeiro como tentativa de golpe e defende punição.

E no meio? No meio, ruas bloqueadas, buzinas irritadas e uma cidade que tentava, em vão, seguir seu ritmo normal.

Manaus, portanto, virou um microcosmo do que ainda está por vir no Brasil. E algo me diz que este não é o último ato.