
E então a poeira começa a baixar — ou será que não? Acontece que a Procuradoria-Geral da República resolveu dar seu veredito, e olha só: não gostou nem um pouco daquela cena de policiais federais dentro da casa de Jair Bolsonaro. Quem tá por trás da fala? Nada mais nada menos que Augusto Aras, o chefão do Ministério Público Federal.
Numa virada digna de roteiro de série, a PGR simplesmente soltou um parecer — daqueles que a gente não espera — questionando a legalidade da operação. Os federais estavam lá com aval da Justiça, sim, mas segundo Aras, a coisa toda foi um excesso. Um verdadeiro “fora de medida”, como se diz por aí.
E não para por aí. O documento enviado ao Supremo Tribunal Federal deixa claro: a presença dos agentes no imóvel do ex-presidente fere princípios básicos do direito de ir e vir e, pasmem, da própria presunção de inocência. Algo que, nas palavras dele, “cheira a arbitrariedade”.
Mas o que motivou a operação?
Bom, a investigação original gira em torno de suspeitas de desvios em compras públicas durante a gestão bolsonarista — especificamente na aquisição de vacinas. Só que, na visão da PGR, mandar os policiais revirando a casa dele foi como usar um trator para abrir um envelope.
Não é todo dia que a Procuradoria se pronuncia contra uma decisão judicial, ainda mais num caso de tamanha repercussão. E aí, será que o STF vai reconsiderar? Ou vai manter a posição, mesmo com a PGR batendo o pé?
Enquanto isso, nas redes sociais, o burburinho é grande. De um lado, quem defende que a lei vale para todos; do outro, quem vê perseguição política. E no meio disso tudo, uma pergunta que não quer calar: até onde vale a investigação, e onde começa o abuso?
Uma coisa é certa: o caso está longe de acabar. E o Brasil — ah, o Brasil — segue de olho.