Numa fala que ecoou pelos corredores do Palácio do Planalto, o presidente Lula soltou o verbo sobre o Congresso Nacional. E não foi com meias palavras. A declaração, feita durante coletiva improvisada, jogou luz sobre um tema espinhoso: a possibilidade de anistia ao ex-presidente Bolsonaro.
"Olha, não é um Congresso eleito pela periferia", disparou Lula, com aquela mistura de pragmatismo e ironia que só ele consegue ter. A frase, solta no ar, pareceu resumir meses de tensão não-dita entre Executivo e Legislativo.
O Contexto que Muitos Ignoram
O que muita gente não percebe é que por trás dessa fala existe um cálculo político preciso. Lula sabe—e como sabe—que a composição atual do Congresso não reflete exatamente aquela Brasil das quebradas, dos becos e das comunidades. É um legislativo com cara de centro, com jeito de elite, com voz de quem sempre teve privilégio.
E isso, convenhamos, muda tudo na hora de votar projetos—ou anistias.
Mas E a Anistia?
Bom, é aí que a coisa fica realmente interessante. A possibilidade de anistiar Bolsonaro não é mero boato de WhatsApp. Circula entre parlamentares, ganha corpo em conversas de plenário, aparece como moeda de troca em negociações obscuras.
Lula, claro, não deixou barato. Ao mencionar a desconexão entre o Congresso e a periferia, ele fez mais do que criticar: ele lançou um alerta. Quase um recado, na verdade.
"Não é o povo quem está querendo anistia", parece sugerir. "São eles."
E quem são "eles"? Ah, essa é a pergunta que vale milhões.
Um Jogo de Poder que Não Cessa
O que me impressiona—e deveria impressionar a todos—é como essa discussão revela feridas ainda abertas na nossa democracia. A tal anistia não seria apenas um gesto jurídico; seria político, simbólico, histórico.
Será que o Congresso, eleito por uma minoria barulhenta, tem mesmo moral para decidir algo desse calibre? Lula claramente acha que não.
E você? O que pensa sobre isso?
No fim das contas, resta uma certeza: o tensionamento entre Planalto e Congresso está longe de acabar. E discussões como essa mostram que, no Brasil, a política ainda é um campo de batalha—onde palavras valem tanto quanto votos.
