
Opa, você não vai acreditar no que um juiz federal acabou de soltar num despacho. Andrew Fernandes Farias, da 10ª Vara Federal de Brasília, simplesmente deixou uma pérola que está circulando nos corredores do fórum como rastro de pólvora.
E olha que a situação era das mais rotineiras — um pedido de suspensão de processo. Nada demais, certo? Errado. O magistrado, num rompante de franqueza que raramente se vê, disparou: "O fato de o processo estar parado há anos não significa que deva continuar parado para sempre". Simples assim. E cá entre nós, quantos não pensam exatamente isso?
O Contexto que Poucos Veem
Parece óbvio? Talvez. Mas no emaranhado processual brasileiro, onde processos dormitam em gavetas empoeiradas, a declaração soa quase revolucionária. Farias não estava apenas se referindo a um caso específico — ele cutucou a ferida de todo um sistema conhecido por sua morosidade quase crônica.
E não foi um comentário casual. Veio num despacho formal, carregando o peso da autoridade judicial. O que me faz pensar: será que estamos testemunhando um pequeno levante contra a cultura da procrastinação judicial?
As Implicações que Ninguém Comenta
Para além do caso concreto, a observação do juiz Farias abre um leque de discussões incômodas. Quantos processos estão encalhados sem necessidade? Quantas vidas ficam suspensas à espera de uma decisão que nunca vem?
É aquela velha história — o tempo judicial parece correr diferente do tempo real das pessoas. Enquanto para algumas partes cada dia de espera significa prejuízos concretos, para o sistema é apenas mais um número num arquivo físico ou digital.
E o pior? Todo mundo sabe, poucos falam. Até agora.
Um Sinal de Mudança?
O que mais surpreende não é a crítica em si, mas sua origem. Vindo de dentro do próprio Judiciário, a fala de Farias adquire um peso diferente. Não é mais apenas a sociedade civil reclamando — é um operador do direito questionando publicamente as práticas de sua própria casa.
Será um caso isolado? Ou estamos diante de um sintoma de que algo está mudando nos bastidores da Justiça Federal? Difícil dizer. Mas uma coisa é certa: quando um juiz fala dessa forma, outros tendem a prestar atenção.
Resta saber se a coragem de Farias será contagiosa ou se ficará como mera nota de rodapé na história judicial brasileira. Torço pessoalmente pela primeira opção — o sistema precisa mesmo de mais vozes como a dele.