
O clima em Brasília está mais tenso do que fila de banco na véspera do pagamento. Flávio Dino, ministro da Justiça, soltou o verbo nesta quinta-feira (18) sobre o que chamou de "jogo sujo" na política brasileira. E olha que o homem não veio com meias palavras.
"Isso aqui tá com cheiro de queimado", disparou o ministro, referindo-se às supostas retaliações após a operação da Polícia Federal que mirou aliados do ex-presidente Bolsonaro. Segundo ele, há uma estratégia "que não se esconde mais" de atacar instituições como o STF e o próprio Ministério da Justiça.
O X da questão
Dino foi direto ao ponto: "Quando você mexe com interesses poderosos, a reação vem como tsunami". O ministro destacou três pontos que estão tirando seu sono:
- Pressão sobre delegados da PF envolvidos na operação
- Campanha de desinformação nas redes sociais
- Tentativas de vincular ações policiais a supostos interesses políticos
Não é de hoje que o ministro anda com a pulga atrás da orelha. "Desde que assumi, é uma enxurrada de ataques", confessou, enquanto ajustava os óculos com aquela cara de quem já viu coisa pior.
E o STF nisso tudo?
Pois é, o Supremo também entrou na dança. Dino fez questão de defender o tribunal, que segundo ele está sendo "linchado em praça pública" por cumprir seu papel. "Tem gente que acha que Justiça só serve quando beneficia seu lado", ironizou, levantando as sobrancelhas como quem diz "vocês me entendem".
O recado foi claro: "Democracia não é escolher quando obedecer à lei". E completou, com a voz mais grave: "Isso aqui não é terra sem dono".
Enquanto isso, nas redes sociais, a briga esquenta. De um lado, os apoiadores do governo comemoram o "enquadramento". Do outro, a oposição fala em "perseguição política". E o cidadão comum? Bem, esse fica só olhando o circo pegar fogo.
Uma coisa é certa: o mês de julho promete. Com o Congresso em recesso e as investigações avançando, Brasília parece um barril de pólvora prestes a explodir. Resta saber quem vai acender o pavio.