Acre em Peso: Bolsonaristas tomam as ruas contra anistia a golpistas e em defesa da soberania nacional
Acre: Bolsonaristas protestam contra anistia a golpistas

Não foi um sábado qualquer na capital acreana. Longe disso. O centro de Rio Branco foi palco de um fervo político e tanto, com apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro saindo de casa para botar a boca no trombone. O assunto? Dois pontos que ferem a alma desses manifestantes: a possibilidade de anistia para envolvidos em atos golpistas e a defesa, com unhas e dentes, da soberania nacional.

O que se viu foi um mar verde e amarelo – é, a velha e boa combinação de cores – tomando conta das vias. Bandeiras do Brasil, é claro, mas também aquelas bandeiras estaduais, orgulho do acreano, tremulando no ar pesado. A atmosfera era carregada de uma energia particular, difícil de descrever: uma mistura de protesto indignado com uma certa festividade cívica, sabe como é?

O Grito que Veio do Coração da Floresta

Os discursos, ah, os discursos! Foram a espinha dorsal do evento. Um atrás do outro, oradores subiam no palco improvisado – ou no carro de som, para ser mais exato – e soltavam o verbo. A voz não era mais só deles, parecia ecoar o sentimento de uma multidão que não engole fácil a ideia de perdoar quem tentou quebrar as regras do jogo democrático.

“É um absurdo sem tamanho!”, bradou um dos organizadores, com a voz embargada por uma raia que parecia genuína. “Anistia para quem não respeitou as instituições? Para quem tentou dar um golpe? Isso é um tapa na cara de todo cidadão de bem que acredita no Brasil.” A plateia respondia com aplausos e gritos de “Fora!”. O coro era uníssono, fervoroso.

Mais do que Protesto: Um Ato de Fé

Mas não era só de críticas que vivia o ato. Havia um outro lado, talvez até mais forte: a celebração de um ideal de país. A defesa da soberania brasileira apareceu como um mantra, repetido até a exaustão. A impressão que dava era que, para aquelas pessoas, a soberania nacional não é um conceito abstrato de livro de história não. É algo vivo, palpável, que precisa ser defendido todos os dias, a todo custo.

E olha, a adesão foi significativa, viu? Não foi meia dúzia de gatos pingados. Uma galera mesmo, de todas as idades – desde senhoras com a bandeira nacional drapeada nos ombros como uma capa de heroína até jovens com o rosto pintado. Mostra que o assunto, por lá, mexe com diferentes gerações. Seria o termômetro de um sentimento que ainda fervilha no interior do país?

O evento transcorreu, até onde se sabe, numa boa. Nada de confusão ou bate-boca com quem pensa diferente. Foi um protesto pacífico, mas cheio de convicção. A mensagem, claro, foi dada. E com uma clareza solar, daquelas que a gente tem no Acre. Eles não querem anistia. E ponto final. E deixaram bem claro que estão de olho aberto, vigilantes, em defesa do que acreditam ser os pilares da nação.

Fica o registro. Fica o eco dos discursos sob o céu acreano. E fica a pergunta no ar: até onde vai o alcance desse grito que saiu do coração da Amazônia?