Vídeo que viralizou sobre 'terremoto no Alasca' é fake: imagens misturam abalos antigos e de outros lugares
Vídeo de "terremoto no Alasca" é fake, revela análise

Um vídeo que está bombando nas redes sociais — especialmente no WhatsApp e no X (antigo Twitter) — promete mostrar um terremoto assustador no Alasca. Só que tem um probleminha: é pura invenção. A gravação, que parece convincente à primeira vista, na verdade é uma colcha de retalhos de abalos sísmicos antigos e até de outros cantos do mundo.

Como a farsa foi montada?

Parece coisa de filme de suspense, mas não é. O tal vídeo — que alguns insistem em compartilhar como "prova" de catástrofes iminentes — mistura:

  • Imagens de terremotos que aconteceram no Alasca anos atrás (e que já foram amplamente divulgados na época)
  • Cenas de desastres naturais em países como Japão e Chile
  • Até uns efeitos especiais duvidosos que deixariam qualquer professor de geologia com dor de cabeça

E olha que curioso: quem entende do assunto nota na hora a diferença. "Dá pra ver claramente que as imagens têm iluminação, ângulos e até estações do ano diferentes", explica um sismólogo que preferiu não se identificar (afinal, ninguém quer virar alvo de teóricos da conspiração).

Por que isso importa?

Além de espalhar pânico à toa — coisa que ninguém precisa, ainda mais com tantas notícias pesadas por aí —, esse tipo de fake news:

  1. Desvia a atenção de alertas reais sobre desastres naturais
  2. Alimenta teorias malucas sobre "fim dos tempos" e outras bobagens
  3. Mostra como as pessoas compartilham coisas sem checar (e depois fica difícil consertar o estrago)

Pior ainda? Algumas páginas usam esses vídeos falsos para ganhar visualizações e monetizar em cima do medo alheio. Nojento, não?

Como identificar esse tipo de fraude?

Se você topou com esse vídeo — ou qualquer outro que pareça "muito dramático" para ser verdade —, fique de olho nestes detalhes:

  • Data das imagens: Muitas vezes dá pra encontrar a fonte original com uma busca reversa no Google
  • Qualidade inconsistente: Quando partes do vídeo parecem mais nítidas ou borradas que outras, é sinal de edição
  • Fontes oficiais: Sites como o USGS (que monitora terremotos globais) nunca confirmaram o tal "evento recente"

E aí, já caiu em algum boato desses? A gente sabe que é tentador compartilhar — principalmente quando vem daquele tio que sempre manda corrente —, mas respirar fundo e checar antes pode evitar muita dor de cabeça. Afinal, na internet, nem tudo que treme é terremoto!