
Eis que a rotina burocrática do Detran no Rio Grande do Norte ganhou um capítulo digno de roteiro de filme policial. Nesta terça (16), a Polícia Civil botou o pé no acelerador e prendeu dois servidores suspeitos de tocar um esquema que – pasme! – cobrava propina para 'despachar' processos mais rápido.
O caso, que já rende conversas de boteco em Mossoró, envolve valores que variam entre R$ 200 e R$ 500. Parece pouco? Multiplique por dezenas de vítimas mensais. O golpe era simples: cobrar dos cidadãos desesperados com a lentidão do sistema.
Como funcionava o esquema?
- Servidores abordavam pessoas com processos travados
- Ofereciam 'agilização' mediante pagamento
- Usavam intermediários para receber os valores
- Documentos eram 'furados' na fila de espera
Detalhe curioso: os investigados nem disfarçavam. Chegavam a marcar encontros em pontos comerciais próximos à unidade do Detran. 'Tão fazendo isso há pelo menos um ano', revelou uma fonte próxima ao caso, sob condição de anonimato.
A operação, batizada ironicamente de 'Pare e Pague', apreendeu celulares, computadores e documentos que podem desvendar a rede completa. 'Isso aqui é só a ponta do iceberg', comentou um delegado, enquanto lacrava provas.
E agora?
Os dois servidores – cujos nomes ainda não foram divulgados – responderão por corrupção passiva. A expectativa é que mais nomes apareçam nas próximas semanas. Enquanto isso, o Detran-RN promete 'apurar com rigor' e limpar a casa.
Moral da história? Às vezes, a fila anda... mas só depois de passar pelo caixa dois. Uma triste realidade que, infelizmente, ainda persiste no serviço público brasileiro.