Numa reviravolta que parece saída de roteiro de filme policial, agentes encontraram uma verdadeira montanha de notas escondidas numa casa simples de bairro residencial. E não estamos falando de trocados – eram nada menos que 14 milhões de reais em espécie, todos amontoados como se fossem jornais velhos.
O dono do "tesouro"? Um suspeito que, segundo as investigações, tinha o curioso hábito de pagar contas pessoais de um prefeito – aquele mesmo que agora está no centro de um furacão de acusações de corrupção. Coincidência? A polícia acha que não.
Dinheiro que fala (alto demais)
Quando os policiais bateram na porta, mal podiam acreditar no que viram. "Parecia aquelas cenas de filme sobre narcotráfico, só que com um detalhe político no meio", contou um dos agentes, que preferiu não se identificar. As notas, de diferentes valores, estavam espalhadas por vários cômodos – algumas até em móveis improvisados como esconderijos.
E o que mais chamou atenção:
- Pacotes de dinheiro ainda com as faixas dos bancos
- Notas novas e velhas misturadas
- Documentos que ligariam os valores a contratos públicos
Não é todo dia que se vê tanto dinheiro assim fora do circuito financeiro. "Até para contar levaria horas", brincou um perito, antes de se corrigir: "Na verdade, dias".
O elo político
Aqui é que a história fica ainda mais suculenta. O suspeito – vamos chamá-lo de "Sr. X" – não era nenhum desconhecido nos corredores do poder. Segundo as investigações, ele atuava como uma espécie de "faz-tudo" para o prefeito, resolvendo desde problemas pessoais até... digamos, "questões financeiras delicadas".
Os investigadores estão convencidos de que boa parte daquela fortuna veio de desvios de verbas públicas. "Quando começamos a cruzar os dados, os números não fechavam – e o que não fecha, geralmente fede", comentou um delegado envolvido no caso.
Enquanto isso, o prefeito em questão nega qualquer irregularidade. "Jamais me envolvi em atos ilícitos", declarou, antes de sair correndo de jornalistas. Já o Sr. X preferiu o silêncio – e o direito de permanecer calado.
