
Eis que a terça-feira amanheceu com aquele clima pesado de quem sabe que o circo vai pegar fogo — e pegar mesmo. A Polícia Federal, aliada à Controladoria-Geral da União (CGU), botou pra quebrar no Pará. Não foi pouco não.
Mandados de busca e apreensão rolando solto, e a coisa é séria: investigações apontam um esquema bem armado de crimes contra a administração pública e, claro, lavagem de capitais. Sabe aquele dinheiro que some e reaparece limpinho? Pois é.
Os alvos? Servidores públicos
Isso mesmo. Quem deveria zelar pelo interesse público está agora sob os holofotes da lei. A operação — que ainda nem tem nome divulgado — mira funcionários que, em tese, trabalhariam para o povo, mas na prática parecem ter virado especialistas em desviar recursos.
Não me surpreende, mas sempre choca. A gente até tenta acreditar que é exceção, mas quando a PF aparece, é porque a coisa federou.
O que estava rolando:
- Desvios de verbas públicas que deveriam chegar onde? Na população, óbvio.
- Manobras contábeis com a cara de pau de quem acha que não seria pego.
- Lavagem de dinheiro — porque não basta desviar, tem que esconder, né?
E olha, a investigação não começou ontem. Tinha teia, tinha fio, tinha dedo de gente grande por trás. A CGU entrou com a parte técnica, a PF com a força operacional. Combinação que só dá ruim para quem não deveria dormir sossegado.
Até agora, tudo ocorre nos trilhos — dentro da legalidade, com mandados autorizados pela Justiça. Nada de espetáculo, só trabalho duro e silencioso, do tipo que resulta em prisão ou recuperação de milhões.
O Pará, mais uma vez, no centro de uma tempestade que ninguém queria, mas que todo mundo desconfiava. Resta saber quantos nomes vão surgir e até onde a corda estava esticada.
Uma coisa é certa: a mensagem que fica é que o crime não compensa — ainda que demore, a hora sempre chega.