PF desmonta esquema bilionário: fraude em licitações, desvios e lavagem em obra da COP no canal de Belém
PF desmonta esquema bilionário em obra da COP no Pará

A Polícia Federal deflagrou uma operação de grande porte para desarticular uma sofisticada organização criminosa especializada em fraudar licitações e desviar recursos públicos. O alvo principal é um contrato milionário da Companhia de Obras Públicas do Pará (COP) para obras de drenagem no canal da Avenida Augusto Montenegro, em Belém.

Esquema bilionário em detalhes

As investigações revelam que o grupo atuava de forma coordenada para manipular processos licitatórios, garantindo que empresas específicas vencessem as concorrências. Os métodos incluíam:

  • Superfaturamento de serviços e materiais
  • Criação de empresas de fachada para simular concorrência
  • Pagamento de propina a servidores públicos
  • Lavagem de dinheiro através de negócios legítimos

Operação em andamento

Nesta quarta-feira, a PF cumpre 11 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados em Belém. As ações contam com o apoio do Ministério Público Federal e visam coletar provas documentais e digitais que comprovem a atuação do esquema criminoso.

Os investigadores já identificaram desvios milionários no contrato de R$ 22 milhões firmado entre a COP e uma empresa privada para as obras de drenagem. O valor superfaturado permitiu que parte significativa do recurso público fosse desviada para integrantes da organização.

Rota do dinheiro desviado

  1. Pagamento de propina a funcionários públicos envolvidos
  2. Distribuição entre os organizadores do esquema
  3. Investimento em empresas legítimas para lavagem do dinheiro
  4. Aplicação em bens de luxo e imóveis

As investigações começaram após denúncias anônimas e cruzamento de dados financeiros que revelaram movimentações atípicas nas contas das empresas envolvidas. A PF identificou que o grupo criminoso atuava há pelo menos dois anos em obras públicas no estado do Pará.

O caso segue sob sigilo judicial e novos desdobramentos são esperados nas próximas semanas, podendo incluir prisões temporárias e preventivas dos investigados.