
O que era pra ser um esquema silencioso virou um verdadeiro pesadelo para os envolvidos. Em Brodowski, no interior de São Paulo, um grupo de condenados por fraude em contratações na área da saúde não só desviava dinheiro público como ainda trocava ameaças sobre os valores roubados. Sim, você leu certo: eles discutiam quem ficava com quanto — e como.
Segundo as investigações, as mensagens trocadas entre os acusados são de deixar qualquer um de cabelo em pé. Tinha de tudo: desde cobranças agressivas até indiretas que beiram o absurdo. Um dos trechos, por exemplo, mostrava um dos investigados dizendo que "se não fosse pago, ia botar fogo no esquema todo". Outro, mais calculista, cobrava sua parte com um tom quase burocrático — como se estivesse fechando um contrato de aluguel, não dividindo dinheiro desviado.
O esquema que virou caso de polícia
Tudo começou com contratos superfaturados na saúde pública. Os valores, é claro, sumiam como mágica — ou melhor, como quem sabe onde esconder o rastro. Mas o que ninguém esperava era que a ganância fosse tão grande a ponto de criar brigas internas. E olha que estamos falando de gente que, em teoria, deveria trabalhar pelo bem da população.
Os diálogos vazados mostram uma falta de noção impressionante. Em um dos trechos, um dos condenados reclama que "o outro levou mais do que o combinado". Em outro, ameaças veladas surgem como se fossem parte de um roteiro de filme policial. Parece brincadeira, mas não é.
As consequências
O caso já rendeu condenações, mas o estrago na confiança da população é difícil de medir. Afinal, quando o dinheiro que deveria ir para remédios e equipamentos some no bolso de meia dúzia, quem paga o pato é sempre o mesmo: o cidadão.
E o pior? Isso não é um caso isolado. Só em Brodowski, a investigação revelou desvios que deixariam qualquer prefeito de cabelo em pé. Agora, resta saber se a justiça vai conseguir recuperar pelo menos parte do que foi levado — ou se o prejuízo vai ficar só no papel.