
Numa daquelas declarações que fazem o mundo parar para escutar, Donald Trump soltou uma bomba sobre o conflito na Ucrânia. Segundo ele, caberá aos ucranianos — sim, apenas a eles — decidir quais pedaços do país serão entregues a Vladimir Putin. Nada mais, nada menos.
Não foi um comentário qualquer. Veio durante uma daquelas entrevistas que só o ex-presidente americano sabe dar: direto, polêmico e cheio daquela confiança que ou irrita ou conquista. "Eles vão ter que abrir mão de algo", disparou, como quem fala do tempo. Mas a questão, claro, é bem mais espinhosa.
O que está por trás da fala?
Analistas já dissecam cada palavra. Alguns veem um recado velado — Trump estaria preparando o terreno para, caso eleito, pressionar Kiev a ceder territórios ocupados? Outros lembram que, desde sempre, o magnata prega negociações, não armas. "Guerras deveriam acabar na mesa, não nos campos", já disse outras vezes.
Do outro lado, a Ucrânia reage como esperado: "Nenhum centímetro", bradam autoridades. Zelensky, que já chamou Trump de "risco à democracia", certamente não engolirá essa. Mas e se o vento político americano mudar? Eis a questão que tira o sono de meio mundo.
Os números que pesam
- 18% do território ucraniano está sob controle russo
- Mais de 13 milhões de deslocados desde 2022
- US$ 75 bilhões em ajuda militar dos EUA até agora
Não é simples como "dar ou não dar". Há cidades inteiras destruídas, famílias separadas, histórias apagadas. Enquanto isso, o relógio geopolítico corre — e as eleições americanas se aproximam.
Trump, como sempre, joga uma granada verbal e deixa os outros apanharem os estilhaços. Resta saber: é só bravata ou um spoiler do que vem por aí? Em política internacional, especialmente com esses personagens, nunca se sabe.