Numa daquelas falas que fazem os assessores correrem para controlar os estragos, Donald Trump soltou o verbo sobre o conflito na Ucrânia. E como sempre, não deixou ninguém indiferente.
"Zelensky tem nas mãos o poder de acabar com essa guerra quase de imediato", disparou o ex-presidente, num tom que misturava provocação com aquela autoconfiança típica de quem acredita que detém todas as respostas. Mas aí veio a facada: "Ou então pode escolher continuar lutando por muito, muito tempo".
O timing que fala mais que as palavras
Não foi por acaso que essas declarações pipocaram justamente antes do encontro marcado entre Trump e o presidente ucraniano. Parece jogo de xadrez geopolítico, onde cada movimento é calculado para causar o máximo impacto.
E olha que o ex-mandatário americano não economizou nos efeitos dramáticos. "Já disse antes e repito: se estivesse no comando, essa guerra nunca teria começado". A frase, que já virou seu mantra, ganhou novos contornos com a sugestão velada de que Zelensky estaria prolongando o sofrimento do povo ucraniano.
Entre as linhas: o que realmente está em jogo?
Analistas políticos estão se debruçando sobre cada sílaba como se fosse um código a ser decifrado. Seria um recado para futuras negociações? Uma tentativa de minar a posição ucraniana? Ou apenas mais um capítulo do espetáculo Trump?
O que sabemos: o timing é tudo menos casual. Com eleições americanas no horizonte e a ajuda militar aos ucranianos sob constante escrutínio, cada palavra pesa como chumbo no tabuleiro internacional.
Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, Zelensky mantém a pose de quem não se abala com pressões externas. Mas será mesmo? O silêncio eloquente de Kiev após as declarações fala volumes sobre a complexidade desse jogo de poder.