
O céu de Kiev amanheceu rasgado por sirenes e explosões nesta quarta-feira. Não foi um ataque qualquer — foi a maior investida aérea russa contra a capital em meses, um lembrete brutal de que a guerra está longe de terminar. E olha, a precisão foi assustadora: um dos mísseis acertou em cheio um prédio do governo, ali no coração administrativo da cidade.
Imagine acordar com o estrondo. Janelas estilhaçadas, o cheiro de queimado no ar, o pânico visível no rosto de quem corre para os abrigos. É assim que Kiev viveu a manhã de hoje. Autoridades locais relataram que mais de uma dezena de mísseis foram interceptados, mas alguns, inevitavelmente, encontraram seus alvos.
O Som do Terror
Os sistemas de defesa antiaérea trabalharam até à exaustão. Rajadas no céu, explosões surdas à distância — e por vezes, não tão surdas assim. Vídeos que circularam nas redes sociais (é impossível não ficar perturbado) mostram nuvens densas de fumaça subindo de áreas centrais. Aquele tipo de imagem que congela o sangue.
E não, não foram apenas alvos militares. Edifícios civis foram atingidos, porque nesta guerra — vamos combinar — as linhas entre militar e civil parecem cada vez mais desbotadas. O governo ucraniano já fala em “ato de terrorismo de Estado”. E a Rússia? Bem, a Rússia segue afirmando que mira apenas em “infraestrutura estratégica”.
E Agora?
O que isso significa no grande xadrez geopolítico? Algo simples e ao mesmo tempo complexo: Moscou ainda tem força para golpes duros. E Kiev, mesmo com apoio ocidental, segue vulnerável. A pergunta que fica, ecoando nas ruas esvaziadas da capital: quando é que isto vai acabar?
Enquanto isso, a vida tenta seguir. Entre sirenes e explosões, entre medo e resiliência. Os ucranianos já sabem — infelizmente — como é viver sob ameaça. Mas dias como este doem. Doem muito.