
O clima entre Israel e alguns países europeus aqueceu nesta semana — e não foi por causa do sol do Mediterrâneo. O governo israelense, digamos, não engoliu direito as declarações recentes da Itália e do Vaticano sobre a situação em Gaza. E deixou isso bem claro.
Numa daquelas reações que misturam formalidade diplomática com um certo tom de "vocês tão de brincadeira, né?", o Ministério das Relações Exteriores de Israel soltou uma nota oficial cheia daquelas frases que parecem educadas, mas na verdade tão cheias de alfinetadas que até doem. Algo como "lamentamos profundamente a falta de compreensão" — traduzindo do politiquês: "tá falando bobagem".
O que exatamente pegou mal?
Pois é, aí que tá. A Itália — através do seu Ministro das Relações Exteriores — resolveu dar um pitaco sobre o conflito, sugerindo que Israel estaria indo longe demais na resposta aos ataques de grupos militantes. Já o Vaticano, sempre na dele, falou em "sofrimento desproporcional da população civil".
Não é como se Israel fosse pego de surpresa. O país já está acostumado a esse tipo de crítica. Mas parece que dessa vez a paciência tava curta. "Quando a casa dos outros pega fogo, é fácil dar opinião sobre como apagar", comentou um assessor do governo israelense que preferiu não se identificar — e dá pra entender o motivo.
E agora, José?
Enquanto isso, nas redes sociais, a briga já vira meme. De um lado, os apoiadores de Israel postam fotos de ataques anteriores com a legenda "e quando era o contrário, cadê a comoção?". Do outro, ativistas humanitários compartilham vídeos de crianças em Gaza com hashtags pedindo intervenção internacional.
O que ninguém discute é que a situação lá tá longe de ser simples. Entre terrorismo e direito de defesa, entre vítimas civis e segurança nacional, o assunto é mais espinhoso que cacto no deserto. E enquanto os políticos trocam farpas, a população — como sempre — que se vire no meio do fogo cruzado.
Uma coisa é certa: essa não vai ser a última vez que ouviremos falar nesse assunto. Até porque, convenhamos, quando se trata do Oriente Médio, as crises são como novelas mexicanas — sempre tem um próximo capítulo.