Passageira com ELA relata constrangimento em voo da LATAM por falta de banheiro adaptado
Passageira com ELA constrangida em voo da LATAM

Uma passageira com esclerose lateral amiotrófica (ELA) viveu uma situação constrangedora durante um voo da LATAM de 15 horas, entre São Paulo e Orlando, nos Estados Unidos. A mulher, que possui mobilidade reduzida, relatou a falta de um banheiro adaptado para pessoas com deficiência, o que a obrigou a passar por momentos difíceis durante a viagem.

De acordo com o relato, a passageira precisou ser carregada por comissários de bordo até o banheiro comum, já que a aeronave não contava com um sanitário acessível. A situação, além de constrangedora, colocou em risco a segurança e o conforto da passageira, que depende de cuidados especiais devido à sua condição.

Falta de acessibilidade gera indignação

O caso reacendeu o debate sobre a inclusão e acessibilidade em viagens aéreas. A passageira, que preferiu não se identificar, destacou que a falta de estrutura adequada em voos longos é um problema recorrente para pessoas com deficiência. "Foi humilhante e desgastante. Não é justo que, em pleno 2025, ainda enfrentemos essas barreiras", desabafou.

Resposta da LATAM

A LATAM, em nota, afirmou que está ciente do ocorrido e que está investigando o caso. A companhia aérea ressaltou que segue todas as normas de acessibilidade exigidas pela legislação brasileira, mas reconheceu que há espaço para melhorias. "Nosso compromisso é garantir que todos os passageiros tenham uma experiência confortável e segura", disse a empresa.

O que diz a legislação?

No Brasil, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) estabelece que empresas aéreas devem oferecer condições adequadas para passageiros com deficiência. No entanto, a fiscalização e a aplicação dessas normas ainda são desafios. Especialistas em direitos das pessoas com deficiência alertam que casos como esse são comuns e refletem a necessidade de maior conscientização e investimento em acessibilidade.

O incidente serve como um alerta para que companhias aéreas e autoridades revisem suas políticas e estruturas, garantindo que todos os passageiros, independentemente de suas limitações, possam viajar com dignidade e segurança.