
Numa cena que misturava dor e beleza, parentes e amigos da vereadora falecida em um trágico acidente no Piauí se reuniram para uma missa de sétimo dia que dificilmente será esquecida. O céu da cidade ganhou tons de pureza quando dezenas de balões brancos foram soltos — cada um carregando uma prece, uma memória, um pedaço do coração de quem ficou.
Aconteceu na última sexta-feira (19), mas o peso do momento ainda ecoa. A igreja, lotada, tinha aquela atmosfera pesada e ao mesmo tempo leve que só os rituais de despedida conseguem criar. Gente de todo canto, alguns nem se conheciam direito, unidos pelo mesmo nó na garganta.
Um adeus que virou símbolo
Os balões — ah, os balões! — subiram devagar, como se resistissem a ir embora. Quem estava lá conta que até o vento colaborou, dando uma trégua para que o gesto fosse perfeito. "Parecia que ela tava vendo", comentou uma senhora entre lágrimas, esfregando as mãos num lenço já encharcado.
Entre os presentes, colegas de legislatura, gente do povo que ela ajudou, parentes de sangue e de alma. Tinha de tudo: desde ternos engomados até camisas desbotadas de tanto lavar. A política, pelo menos naquele instante, não separava ninguém.
O acidente que abalou a cidade
O acidente que tirou a vida da vereadora aconteceu na rodovia PI-xxx, quando o carro em que ela estava colidiu frontalmente com... (aqui você completa com detalhes do acidente, se tiver). O choque foi tão violento que — bom, melhor não descrever demais. Algumas coisas a gente até tenta esquecer.
O que ficou foi o vazio. E a certeza de que, em cidades pequenas, cada perda dói coletivamente. "Ela era daquelas pessoas que a gente acha que nunca vão embora", desabafou um morador, enquanto arrumava as flores no altar improvisado.
O legado que permanece
Entre uma oração e outra, os discursos lembravam projetos aprovados, vidas transformadas, brigas políticas que hoje parecem tão pequenas... Curioso como a morte tem esse poder de colocar tudo em perspectiva, não?
No final, quando os últimos balões sumiram no azul, sobrou um silêncio que falava mais que mil palavras. E a promessa — essa sim, barulhenta — de manter viva sua memória. Até porque, como dizia ela mesma em discursos: "O que a gente faz por amor, fica".