Tarifas dos EUA sobre aço disparam preços e abalam indústrias brasileiras — entenda o impacto
Tarifas dos EUA sobre aço disparam preços no Brasil

Parece que a briga comercial entre os Estados Unidos e o resto do mundo não dá trégua — e dessa vez, o alvo são os produtos de aço. As novas tarifas impostas pelo governo americano estão causando um rebuliço no mercado internacional, com reflexos diretos aqui no Brasil. E olha, a conta pode chegar mais cedo do que você imagina.

O que está acontecendo?

Desde a semana passada, os EUA aumentaram as barreiras comerciais para importações de aço em até 25%. Na prática, isso significa que cada tonelada do produto ficou mais cara — e quem paga a diferença somos nós, claro. A indústria brasileira, que exporta bastante para os americanos, já sentiu o baque.

"É um tiro no pé", comenta um empresário do setor que prefere não se identificar. "A gente já vinha sofrendo com os custos da pandemia, e agora isso?"

Efeito dominó na economia

O problema não para no preço do aço. Quando a matéria-prima encarece, tudo que depende dela também sobe:

  • Carros e eletrodomésticos podem ficar até 8% mais caros
  • Obras de infraestrutura terão custos adicionais
  • Até a lata de refrigerante pode pesar mais no orçamento

E tem mais: algumas empresas já estudam reduzir produção ou até cortar empregos para compensar os prejuízos. Uma situação delicada, principalmente em cidades industriais como Volta Redonda.

Brasil na mira?

Embora as tarifas sejam globais, o Brasil está entre os principais afetados. Somos o segundo maior exportador de aço para os EUA — só no ano passado, foram mais de 4 milhões de toneladas. Agora, com os novos impostos, essa relação comercial pode esfriar.

"É como se estivéssemos sendo punidos sem motivo", desabafa um executivo do setor siderúrgico. "Nossos produtos são de qualidade, mas fica difícil competir com esses obstáculos."

E agora?

Enquanto o governo brasileiro negocia alternativas com os americanos, especialistas sugerem diversificar mercados. A China e países da Europa aparecem como possíveis destinos, mas a transição não será fácil nem rápida.

Para o consumidor final, a dica é ficar de olho nos preços nos próximos meses. Alguns produtos podem demorar a refletir o aumento, mas quando a conta chegar... melhor estar preparado.