
Não é de hoje que o Centro de São Paulo pede socorro — e parece que alguém finalmente decidiu ouvir. Tarcísio de Freitas, o governador que não para de surpreender, está com a faca e o queijo na mão para tirar do papel um projeto audacioso: atrair nada menos que R$ 100 milhões em investimentos privados para a região.
E como ele planeja fazer isso? Com um roadshow que mais parece um tour pela salvação da área. Desde o início do mês, o político tem se reunido com grandes nomes do setor privado, mostrando números, planos e — quem sabe — um pouco de esperança.
O que está em jogo?
Imagine só: prédios históricos recuperados, ruas mais seguras, comércio fervilhando. É esse o sonho que Tarcísio está vendendo. Mas vamos combinar que convencer investidores a botar dinheiro no centro não é tarefa fácil, né? A região, que já foi o coração financeiro da cidade, hoje vive entre becos sem saída e promessas não cumpridas.
Entre um café e outro nos encontros, o governador tem destacado:
- Incentivos fiscais que fariam qualquer empresário pensar duas vezes
- Parcerias público-privadas com regras claras (ou quase)
- Um plano de segurança que — tomara — saia do papel
Não é moleza. Enquanto isso, os paulistanos olham com um pé atrás. Afinal, quantas vezes já ouvimos falar em revitalização? Mas dessa vez parece diferente — ou pelo menos é o que tentam nos fazer acreditar.
Os números da empreitada
Os R$ 100 milhões não cairão do céu, claro. O governo estadual promete colocar parte da grana, mas a maior fatia deve mesmo vir da iniciativa privada. E olha que interessante: os investidores teriam contrapartidas como:
- Direito de exploração de espaços públicos
- Descontos em impostos (sempre bom, não?)
- Prioridade em licitações futuras
Não dá para negar — é uma aposta alta. Mas se der certo, pode ser o pontapé que o centro precisava para voltar a brilhar. Ou pelo menos para deixar de ser aquele parente pobre que ninguém quer visitar.
E você, acha que dessa vez vai? O paulistano está cansado de promessas, mas também sabe que sem investimento pesado, a região não se levanta. Fica a dúvida no ar — e os R$ 100 milhões na mesa.