Tarifaço dos EUA pode desequilibrar a economia brasileira? Estudo da Fiemg alerta para riscos
Tarifas dos EUA ameaçam economia brasileira, diz estudo

Parece que o jogo está ficando mais duro para o Brasil no tabuleiro do comércio internacional. Um estudo recente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) jogou luz sobre um problema que muita gente nem imaginava: aquelas tarifas que os Estados Unidos resolveram aumentar podem dar um nó na nossa economia. E não é pouco.

Quem diria, né? A gente sempre soube que o protecionismo americano era um espinho, mas agora a coisa ficou séria. O levantamento — feito com um cuidado danado — mostra que setores como o aço, o alumínio e até a agricultura podem levar um tombo feio. E olha que isso é só a ponta do iceberg.

O que está em jogo?

Vamos aos números, porque sem eles a conversa fica no "achismo":

  • Exportações brasileiras podem encolher até 12% em alguns segmentos
  • Cerca de 15 mil empregos diretos estão na mira
  • O PIB industrial mineiro pode perder fôlego

Mas calma, não é só Minas que está na berlinda. O estudo serve como um alerta vermelho para todo o país. "Quando um estado como o nosso, que é um dos pilares da indústria nacional, sente o baque, o impacto se espalha como onda em lagoa parada", comenta um dos economistas envolvidos na pesquisa, que preferiu não ser identificado.

Efeito dominó na prática

Imagine a cena: uma fábrica de autopeças que exporta para os EUA perde competitividade por causa das tarifas. Resultado? Corta custos, reduz pessoal. Os fornecedores dessa fábrica também sofrem. O caminhão que levava as peças roda menos. O restaurante que alimentava os funcionários vende menos. É uma bola de neve — e das grandes.

"A gente já vinha nadando contra a maré com a crise pós-pandemia, agora isso aqui é quase um tsunami", desabafa um pequeno empresário do ramo metalúrgico, enquanto ajusta o macacão de trabalho.

Tem saída?

Os especialistas da Fiemg não ficaram só no diagnóstico. Eles apontam algumas rotas de fuga:

  1. Diversificar mercados — a Ásia e a própria América Latina aparecem como alternativas
  2. Acelerar os acordos comerciais em negociação
  3. Investir em diferenciação dos produtos para justificar preços mais altos

Mas vamos combinar: nenhuma dessas soluções é para ontem. Enquanto isso, o setor produtivo vai ter que se virar nos 30. Ou melhor, nos 25% a mais que os americanos querem cobrar.

No fim das contas, o estudo da Fiemg serve como um grande "vamos acordar". Porque no xadrez econômico global, ou a gente se mexe, ou vira peão. E ninguém quer ser peão, não é mesmo?