
Quem vai ao mercado sabe: tá cada vez mais difícil encher o carrinho sem esvaziar a carteira. Mas o governo federal garante que tem um trunfo na manga para segurar essa onda de preços altos — e ele se chama tarifaço.
Segundo o ministro da Fazenda, a redução das tarifas de importação para 87 produtos — de feijão a leite em pó — pode ser a chave para desacelerar a inflação que aperta o orçamento das famílias. "É uma medida emergencial", admitiu, enquanto ajustava os óculos com aquele ar de quem já viu esse filme antes.
Como funciona a mágica?
Basicamente, o plano é simples (no papel, claro):
- Cortar impostos sobre importados
- Aumentar a concorrência
- Forçar os produtores locais a baixarem os preços
Mas entre o discurso e o caixa do supermercado, existe um abismo. Especialistas ouvidos — aqueles que realmente entendem de números — fazem ressalvas importantes. "O impacto imediato pode ser limitado", pondera um economista, enquanto tomava seu café amargo, sem açúcar — assim como a situação.
E os produtores brasileiros?
Aqui entra o outro lado da moeda. Os agricultores locais já estão de cabelo em pé. "Isso pode prejudicar quem planta aqui", reclama um produtor de arroz, as mãos calejadas mostrando anos de trabalho duro. O governo promete compensações, mas ninguém sabe ao certo como nem quando.
Enquanto isso, nas gôndolas, a dona Maria espera ansiosa por qualquer alívio. "Tá difícil até comprar ovo", desabafa, enquanto reorganiza a lista de compras pela terceira vez — cortando itens essenciais como quem faz dieta forçada.
Será que essa jogada do governo vai realmente fazer diferença? O tempo — e principalmente o bolso do consumidor — vão dizer. Por enquanto, o jeito é acompanhar os preços com aquele olho no peixe e outro no gato.