
Enquanto os postos de combustível de Campinas registram reduções sucessivas no preço da gasolina, o bolso do consumidor final segue sentindo o peso dos reajustes. Um paradoxo que vem se arrastando desde 2022 na região e que gera dúvidas na população.
Queda na refinaria, alta no posto: como isso acontece?
Dados do setor mostram que o litro da gasolina comum acumula queda de 12% nos últimos três meses nos distribuidores. Porém, nas bombas, o produto chegou a ficar 8% mais caro no mesmo período.
Especialistas apontam três fatores principais para essa distorção:
- Impostos municipais: Campinas aumentou a alíquota do ISS sobre combustíveis em 2023
- Margem de lucro: Postos estão repassando apenas parte das reduções
- Custos operacionais: Aumento nos preços de aluguel e funcionários
Impacto no dia a dia
Para o motorista médio que abastece 50 litros por mês, a diferença chega a R$ 25 a mais na conta mesmo com a queda anunciada nos preços. "É como se a gente estivesse pagando uma inflação invisível", reclama o autônomo Marcos Silva, 42 anos.
Perspectivas para os próximos meses
Analistas projetam que:
- Os preços nas refinarias devem continuar caindo
- A pressão por reduções nos postos tende a aumentar
- O governo municipal estuda rever a política tributária
Enquanto isso, os consumidores de Campinas seguem na expectativa de quando essa conta vai finalmente fechar a seu favor.