
Parece que o alívio no bolso do brasileiro vai ter que esperar mais um pouco. O IPCA-15, aquela prévia da inflação que sempre dá o que falar, mostrou um salto de 0,33% só em julho. E olha que a gente nem chegou no segundo semestre direito!
Os números do IBGE — que nunca mentem — revelam que os transportes deram uma bela esticada (1,04%), puxando a fila dos vilões. Quem depende de carro ou ônibus sabe bem do que estou falando. O preço dos combustíveis? Nem me fale.
O que mais pesou no bolso?
- Transportes: A gasolina subiu feito foguete (1,69%) e o etanol não ficou atrás (1,56%)
- Alimentação: Aquele cafezinho ficou 0,42% mais salgado — literalmente
- Habitação: Contas de luz com reajuste de 0,33%, porque vida fácil não existe
Curiosamente, algumas coisas até baratearam. Quem diria? Itens de vestuário (-0,27%) e comunicação (-0,04%) deram uma trégua — pequena, mas significativa.
E o acumulado do ano?
Nos últimos 12 meses, a inflação já acumula 3,70%. Pode não parecer muito, mas quando a gente soma no leite, no pão e no combustível... a conta dói. Especialistas já cochicham que o Copom pode ter trabalho pela frente.
— "É um sinal amarelo", comenta um economista que prefere não se identificar. "O núcleo da inflação continua resistente, e isso preocupa."
Enquanto isso, nas feiras e supermercados, o brasileiro médio — aquele que entende de inflação na prática — já sabe: vai ter que apertar o cinto mais um pouquinho. Ou então inventar novas formas de esticar o salário até o fim do mês.