
Aqui em Santa Catarina, uma notícia dessas é capaz de parar o seu dia. Uma menina, só dois aninhos de vida, teve a sua história interrompida de forma tão abrupta quanto trágica dentro da própria casa. O coração aperta só de pensar.
O delegado responsável pelo caso — um sujeito experiente, daqueles que já viram de tudo — foi categórico após as primeiras averiguações. Não, não foi um crime. A palavra dele, pelo menos por enquanto, afasta essa possibilidade que, convenhamos, é a primeira que vem à mente de qualquer um ao ler uma manchete dessas.
Os detalhes são poucos, e a polícia mantém um silêncio quase absoluto — afinal, a família já está destroçada o suficiente, não é mesmo? Imagina o desespero dos pais? O que se sabe é que tudo aconteceu dentro do lar, num daqueles segundos de distração que, quem é pai ou mãe sabe, podem mudar tudo. Um piscar de olhos.
O que as autoridades disseram?
O delegado deixou claro que o episódio está sendo tratado como um acidente. Ponto final. As provas coletadas no local, segundo ele, não indicam qualquer tipo de violência ou ação criminal. Nada que leve a crer em outra coisa senão uma fatalidade horrível, daquelas que a gente nunca acha que vai acontecer com a gente.
— A prioridade, no momento, é dar todo o suporte à família — comentou uma fonte envolvida no caso, preferindo não se identificar. — É uma situação de luto, de dor profunda. A investigação vai correr, mas com o respeito que um momento desses exige.
E é assim que tem que ser, não é verdade? No meio de tanta notícia ruim por aí, um pouco de humanidade no trato com quem sofre faz toda a diferença.
E agora?
O caso, como era de se esperar, corre sob sigilo. A polícia não divulgou o nome da criança nem da família, preservando o pouco que lhes resta de privacidade num momento de tamanha comoção. O IML já fez o seu trabalho, e o corpo foi liberado para o sepultamento.
Uma vizinha, que também não quis ter o nome revelado, contou que a família é tranquila e que a notícia chocou todo mundo na rua. — Eles são muito reservados, muito bons. A gente nem acredita que isso aconteceu — disse, com a voz embargada.
É mais um daqueles tristes episódios que servem como um alerta mudo. Um lembrete cruel de como a vida pode ser frágil e de como os perigos, muitas vezes, moram bem onde menos esperamos: dentro de nossas casas.