Alerta em Jundiaí: Casos de maus-tratos infantis disparam e acendem sinal vermelho
Maus-tratos infantis disparam em Jundiaí

Os números não mentem — e, nesse caso, doem. Na região de Jundiaí, o que era um sussurro virou um grito: as denúncias de maus-tratos contra crianças subiram como fogos de artifício em junho. E não, não é exagero.

Dados oficiais mostram que só no primeiro semestre deste ano, os casos já superaram 70% do total registrado em 2024 inteiro. Algo está errado. Seria a pandemia ainda ecoando? A crise econômica apertando os nervos? Ou simplesmente mais gente tendo coragem de denunciar?

Retrato de uma triste realidade

Conversando com agentes do Conselho Tutelar — esses heróis sem capa — descobrimos histórias que dariam um filme de terror. Crianças chegando com marcas de beliscões que mais parecem queimaduras, relatos de humilhações públicas, e o pior: casos de negligência que beiram o inacreditável.

  • Agressões físicas lideram as ocorrências (53%)
  • Negligência aparece em segundo lugar (27%)
  • Abuso psicológico completa o pódio sombrio (15%)

"Tem dias que a gente sai do trabalho e chora no carro", confessa uma conselheira que preferiu não se identificar. Difícil julgar, não é mesmo?

E agora, José?

O que fazer quando suspeitar que a criança da casa ao lado está em perigo? Primeiro: não finja que não viu. O Disque 100 recebe denúncias 24h, inclusive anônimas. Na dúvida? Melhor pecar pelo excesso.

Escolas da região estão recebendo capacitação especial — afinal, professores costumam ser os primeiros a notar quando algo vai mal. "A criança que era comunicativa e de repente vira uma estátua de gelo", exemplifica uma diretora.

Enquanto isso, na Câmara Municipal, projetos pipocam para endurecer as penas. Mas será que cadeia resolve? Ou precisamos é de mais prevenção?