Frio e ar seco aumentam risco de infarto: saiba como se proteger no interior de SP
Frio aumenta risco de infarto no interior de SP

Quando o termômetro despenca e a umidade some, o coração pode pagar o pato. No interior paulista, onde o inverno é de rachar os lábios, os prontos-socorros já veem fila de gente com dor no peito — e não é só de saudade.

Segundo o cardiologista Dr. Rafael Mendonça, o risco de infarto pode subir até 30% nesses dias de ar cortante. "Quando o corpo tenta se esquentar, as artérias se apertam feito calça jeans depois do Natal. A pressão sobe e o coração trabalha no vermelho", explica, com aquele jeitão de quem já viu cada coisa no plantão.

Quem precisa ficar de olho?

  • Idosos (a partir de 60 anos)
  • Fumantes — esses então, nem se fala
  • Quem tem pressão alta ou colesterol nas alturas
  • Diabéticos
  • Quem já teve problemas cardíacos antes

E olha que curioso: os sintomas podem ser diferentes nas mulheres. Enquanto os homens geralmente sentem aquela dor no peito clássica, elas podem ter falta de ar, enjoo ou até dor nas costas — coisa que muita gente confunde com gases e deixa pra lá.

Dicas para não virar estatística

  1. Não saia de casa sem se agasalhar — cachecol não é enfeite, viu?
  2. Beba água mesmo sem sede (o ar seco desidrata na surdina)
  3. Evite exercícios pesados no friozão da manhã
  4. Idosos devem tomar vacina contra gripe (infecção respiratória + coração = combinação perigosa)
  5. Fique esperto com remédios para dor — alguns podem aumentar a pressão

Nas cidades mais altas do estado, como Campos do Jordão, o problema é ainda pior. Lá, a temperatura pode cair para míseros 5°C, e o vento corta feito faca. "A gente vê até jovem chegando com princípio de infarto", conta uma enfermeira que preferiu não se identificar.

Se sentir qualquer sintoma diferente, não fique esperando passar. No infarto, cada minuto conta — e muito. Melhor pecar pelo excesso do que descobrir tarde demais que aquela "indisposição" era o coração pedindo socorro.