
Era pra ser mais uma sexta-feira comum em Campinas, mas o que aconteceu na Rua Doutor Salles Oliveira por volta das 7h30 da manhã foi tudo, menos normal. Um daqueles casos que faz você questionar até onde pode ir a crueldade humana.
Um homem de 39 anos – que a polícia ainda não identificou publicamente – decidiu resolver suas diferenças conjugais da maneira mais brutal possível: usando seu carro como arma contra a própria ex-namorada.
Segundo testemunhas que ainda estão sob choque, não foi acidente. Foi perseguição pura. O sujeito teria avançado deliberadamente sobre a mulher de 36 anos, que caminhava tranquilamente pela calçada. O impacto foi tão violento que a vítima foi arremessada a vários metros de distância.
As consequências do ódio
A cena era dantesca. A mulher ficou estirada no asfalto, com múltiplas fraturas e escoriações por todo o corpo. Quem passava pelo local nem acreditava no que via – como alguém é capaz de fazer isso com outra pessoa?
Por sorte – se é que podemos falar em sorte numa situação dessas – a Polícia Militar chegou rapidamente. E não é que o motorista ainda estava no local? Preso em flagrante, sem muita conversa. Não adiantou tentar se explicar, as testemunhas já haviam contado tudo.
O que diz a lei
O delegado plantonista foi claro: o crime é tentativa de homicídio, e doloso ainda por cima. Ou seja, ele quis fazer aquilo, tinha intenção de matar. Agora o sujeito responde processo e fica detido até o julgamento.
A vítima, ainda bem, estava consciente quando os socorristas do Samu a levaram para o Hospital Municipal Dr. Mário Gatti. Fraturas no fêmur e no braço direito, além de vários cortes e hematomas. Grave, mas com possibilidade de recuperação.
O mais revoltante? Tudo indica que foi uma ação premeditada, fruto de uma relação que acabou mal. Ciúmes, possessividade, aquela velha história que sempre termina em tragédia.
Campinas mais uma vez se vê no mapa da violência contra a mulher. E a pergunta que fica é: quando vamos aprender que relacionamentos não são propriedade, e que o fim de um amor não pode significar o fim de uma vida?