Feminicídio choca Samambaia: Mulher é esfaqueada pelo companheiro em estacionamento de academia
Feminicídio em Samambaia: mulher morta a facadas

Era para ser um dia como qualquer outro na movimentada Samambaia, região administrativa do Distrito Federal. Mas o que começou como uma rotina comum terminou em tragédia. Por volta das 10h da manhã desta terça-feira (30), um crime bárbaro chocou frequentadores de uma academia local — e deixou a comunidade em estado de choque.

Segundo testemunhas — que ainda parecem estar sob o efeito do susto —, tudo aconteceu rápido demais. "Foi coisa de cinema de terror, só que real", desabafa um homem que preferiu não se identificar. A vítima, uma mulher de 32 anos, foi surpreendida pelo próprio companheiro no estacionamento do estabelecimento.

O ataque que parou o local

Não deu tempo de reagir. Nem de pedir ajuda. Em questão de segundos, o que parecia ser uma discussão conjugal transformou-se numa cena dantesca: o homem sacou uma faca e desferiu golpes certeiros contra a companheira. "Ele parecia fora de si, como se não fosse ele mesmo", relata uma testemunha que tentou intervir.

O barulho fez com que funcionários e alunos corressem para o local. Mas já era tarde. A mulher — cuja identidade ainda não foi divulgada — não resistiu aos ferimentos. Quando a Polícia Militar chegou, encontraram o suspeito ainda no local, "parado como se nada tivesse acontecido", segundo um dos PMs.

Histórico de violência?

O que mais choca nesses casos — e esse não foi diferente — são os detalhes que vêm à tona depois. Vizinhos contam que o casal tinha discussões frequentes, mas nada que fizesse imaginar um desfecho tão cruel. "Ela reclamava que ele era ciumento, mas quem imaginaria isso?", questiona uma moradora da região.

A delegacia da mulher já foi acionada e deve assumir o caso. Enquanto isso, o assassino — porque é disso que se trata — foi levado para a 31ª DP (Samambaia) e vai responder por feminicídio. Se condenado, pode pegar até 30 anos de prisão.

Mais um nome na lista assustadora de mulheres mortas por aqueles que deveriam protegê-las. Quando será que a sociedade vai acordar para essa epidemia de violência?