
Era pra ser mais um dia comum numa casa de família em Minas Gerais. Mas o que aconteceu naquela tarde de quarta-feira vai deixar marcas permanentes - e uma pergunta no ar: como uma relação aparentemente normal entre irmãos chegou a esse ponto extremo?
A tia dos garotos - que pediu pra não ser identificada - ainda parece estar em estado de choque. "Eles brincavam juntos, sabe? O mais velho até ajudava o caçula com a lição de casa", conta, com a voz embargada. Mas algo saiu terrivelmente errado.
O que se sabe até agora
Segundo as primeiras informações, o adolescente de 16 anos teria discutido com o irmão de 12 antes do ocorrido. Testemunhas ouvidas pela polícia disseram ter ouvido gritos - mas ninguém imaginava o desfecho trágico.
Quando os socorros chegaram, já era tarde demais. O menino mais novo não resistiu aos ferimentos. Já o suspeito - que pela lei não pode ter o nome divulgado - foi levado pra delegacia em estado de confusão mental.
Um passado sem sinais?
Os vizinhos ainda tentam entender. "Nunca notei nada de estranho entre eles", diz uma senhora que mora na rua há 15 anos. "Às vezes brincavam na calçada, como qualquer criança."
Mas especialistas alertam: situações assim raramente surgem do nada. Pode ter havido sinais sutis que passaram despercebidos - ou talvez a família não soubesse como lidar.
Agora, além do luto, resta a pergunta que não quer calar: o que leva um adolescente a cometer um ato tão extremo contra o próprio sangue? Psicólogos ouvidos pela reportagem sugerem que podem ter havido:
- Problemas não tratados de saúde mental
- Exposição prolongada a situações de estresse
- Possível histórico de violência doméstica não denunciado
O caso segue sob investigação - e a comunidade local está em estado de choque. Enquanto isso, o adolescente acusado aguarda julgamento numa unidade especializada.