
Imagine um lugar onde o espaço é tão disputado quanto uma promoção de Black Friday. Assim é o presídio de Araranguá, em Santa Catarina — um verdadeiro caos organizado que mais parece um quebra-cabeça humano.
Com capacidade para 224 detentos, hoje abriga quase o dobro — 432 pessoas amontoadas como sardinhas em lata. E olha que não é lata nova não: a estrutura, que já foi inaugurada com problemas, hoje apresenta infiltrações, fios elétricos expostos e celas que mais parecem fornos no verão.
O plano de mudança
Mas calma, que há luz no fim do túnel — e não é a luz de uma viatura policial. O governo estadual promete substituir essa "casa de horror" por um complexo industrial moderno até 2027. A ideia é transformar o que hoje é um problema em solução:
- Demolição do presídio atual (aleluia!)
- Construção de uma unidade industrial no mesmo terreno
- Transferência dos detentos para outras unidades prisionais
Não vai ser do dia para noite, claro. O projeto ainda precisa passar por licitações e aprovações — porque no Brasil nada é simples como comprar pão na padaria.
E os presos?
Aqui vem o pulo do gato. Enquanto a nova estrutura não fica pronta, os detentos serão distribuídos em outras unidades do estado. Alguns especialistas torcem o nariz: "É como trocar seis por meia dúzia", diz um sociólogo que prefere não se identificar.
Por outro lado, defensores públicos comemoram a iniciativa. Afinal, condições humanas de encarceramento não são favor, são direito — mesmo quando falamos de quem infringiu a lei.
E você, acha que transformar presídio em fábrica é solução ou apenas maquiagem? Uma coisa é certa: em Araranguá, o futuro promete ser tão diferente do presente quanto dia e noite.