
Numa daquelas cerimônias que fazem a máquina da Justiça girar mais rápido, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) acabou de colocar na roda 117 novos juízes substitutos. A posse rolou nesta segunda (22), e pra quem acha que é só mais um protocolo, se engana feio.
O presidente do TJ-SP, Ricardo Anafe — que não é nenhum novato nesse pedaço — deixou claro: "A demanda tá aí, e esses profissionais vão botar o pé no acelerador pra desafogar os fóruns". E olha que não é exagero — só no ano passado, mais de 3 milhões de processos entraram no sistema.
Quem são esses novos juízes?
Dá pra dizer que a turma que chegou é dos bons:
- Passaram no pente-fino do concurso público mais concorrido do judiciário paulista
- Têm formação de primeira — muitos com especializações que vão de direito digital a mediação de conflitos
- Vão atuar em comarcas espalhadas por todo o estado, incluindo regiões com maior gargalo processual
E tem um detalhe que não pode passar batido: quase 40% dos empossados são mulheres. Parece pouco? Pra um judiciário que até pouco tempo era clube masculino, é uma revolução silenciosa.
O que muda na prática?
Pra quem tá cansado de esperar anos por uma sentença, a chegada dessa turma pode significar:
- Processos criminais andando mais rápido — principalmente os de menor complexidade
- Julgamentos de causas cíveis com menos tempo de espera
- Mais juízes disponíveis pra plantões em fins de semana e feriados
Mas calma lá — não é mágica. O desembargador Anafe foi bem realista: "Isso é um alívio, não a solução definitiva". Ainda faltam servidores, estrutura e, claro, verba pra turbinar de vez o sistema.
Enquanto isso, os novos juízes já começam a desembalar as togas. E São Paulo — que tem o maior judiciário do país — ganha fôlego pra enfrentar aquele monte de processos empilhados. Vamos ver se agora as coisas desenrolam.