
O silêncio da noite de segunda-feira no bairro São Francisco, em Alenquer, foi rasgado por disparos. E não foram poucos. Por volta das 22h, o que deveria ser mais uma noite tranquila no oeste do Pará se transformou num pesadelo. Dois homens, um pai e seu filho, caíram vítimas de uma ação violenta que parece ter sido meticulosamente planejada – uma execução, para ser cruamente direto.
Segundo as primeiras informações que circularam entre os moradores – aqueles que ouviram os estampidos e depois viram a cena horrível –, os criminosos chegaram de moto. Dois indivíduos. Agiram rápido, com uma frieza que dá arrepios. E fugiram antes que anyone pudesse reagir ou sequer entender o que estava acontecendo.
As vítimas foram identificadas apenas pelas iniciais: J.S.S.S., de 46 anos, e J.S.S.J., de 25. Pai e filho. A vida de ambos interrompida de forma abrupta e violenta. Os corpos ficaram caídos na via pública, na Rua São Braz, uma testemunha silenciosa e trágica da brutalidade que assombra comunidades Brasil afora.
O que a polícia sabe até agora?
A Polícia Civil assumiu o caso, e o delegado plantonista, Dr. Fábio Lima, não mediu palavras ao classificar o ocorrido. Ele confirmou que se tratou de uma execução sumária. Múltiplos tiros. Alvo certo. Nada foi levado, não houve tentativa de roubo. A motivação? Essa é a grande pergunta que paira no ar pesado de Alenquer.
Especula-se – e aqui entramos no terreno das hipóteses – que o crime possa ter ligação com dívidas ou algum acerto de contas na região. São rumores, é claro, mas que ganham força num cenário onde a violência frequentemente se disfarça de justiira própria.
Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Santarém, onde passarão por necropsia. Enquanto isso, os peritos do Núcleo de Perícia Criminal trabalharam no local até altas horas, coletando cada vestígio, cada cápsula deflagrada. Qualquer pormenor pode ser crucial.
E a comunidade? Como fica?
O choque. A incredulidade. O medo. São sentimentos que se espalharam rapidamente pelos vizinhos. Imagine só: você está em casa, vendo TV, e de repente ouve aquele barulho seco e inconfundível de tiros. Muitos tiros. Sabe que algo terrível acabou de acontecer do lado de fora. É um trauma coletivo, uma ferida que abre novamente a discussão sobre a segurança – ou a falta dela – em nossos municípios.
Ninguém foi preso até este momento. A investigação está em andamento, e as autoridades pedem que anyone com qualquer informação, por menor que pareça, entre em contato de forma anônima pelo Disque Denúncia. Às vezes, o menor detalhe, aquele que parece insignificante, é a peça que falta no quebra-cabeça.
Uma tragédia familiar que deixa um rastro de luto e perguntas sem resposta. O que leva alguém a ceifar duas vidas assim? O que resta para uma família destruída pela violência? Perguntas difíceis para um dia que começou normal e terminou em tragédia.